Por Maria Cury
Ilustração: Madu Cabral
Pratiquei Iyengar por seis anos, o que me trouxe consciência corporal, flexibilidade e alinhamento nos asanas, além das centenas de benefícios e mudanças que vão além do mat. Hoje uso esta base no Ashtanga Vinyasa Yoga da forma que sinto ser possível, pois são escolas diferentes e com metodologias diferentes. O que permanece em ambos os estilos é a forte sensação de presença quando estou no mat, um estado de união minha com o Ser Universal e com os milhares de praticantes que estão em algum lugar do mundo transpirando comigo.
Acredito que se o praticante tem interesse e energia para se dedicar à prática, e estudando com um bom professor, ele deve optar por um dos métodos. Sempre procurei zelar pela pureza da escola em que estava, ou seja, pratiquei seis anos só Iyengar Yoga. Há um ano e meio comecei a estudar o Ashtanga Vinyasa Yoga e então esta se tornou a minha prática diária e o que ensino aos meus alunos.
Entre métodos
Na minha experiência o Iyengar Yoga é uma prática incrível que proporciona forte mudança física, mental e espiritual. Trabalhamos bem com a precisão de cada ação, alinhamento e permanência nas posturas. Os pranayamas são executados à parte e em cada aula praticamos uma sequência de asanas diferente. Já o Ashtanga é apaixonante e, ao me ver, uma prática mais livre e interna.
O que mais gosto neste método é a constante presença do ujjayi, a respiração que me conecta profundamente com o Agora. Segundo ponto que aprecio: a repetição. Antes de ser professora, estudei um ano de medicina na Santa Casa de São Paulo. Tive um professor que dizia: "a gente só aprende com a repetição". É isso, repetir e praticar todos os dias por um longo tempo. E a terceira maravilha deste método é descrita em uma famosa frase de Pattabhi Jois, nosso querido Guruji: “Yoga é 99% prática e 1% teoria”.
Namastê
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